Da província costeira de Savona (Itália) chega-nos o novo álbum do quarteto Black Elephant designado de ‘Cosmic Blues’. Lançado muito
recentemente pela mão da influente editora norte-americana Small Stone Records (responsável pela promoção discográfica de
bandas carismáticas como Acid King, Los Natas, Sasquatch, Dozer, Sons of Otis, Greenleaf, Wo Fat e Tia Carrera) nos formatos físicos de CD
e vinil (este último confinado à disponibilidade de apenas 500 cópias
existentes). Tal como o nome deste registo nos sugere, ‘Cosmic Blues’ vem saturado
de um poderoso, atraente, empolgante e ostentoso Blues Rock em harmoniosa parceria com um possante, dinâmico,
vulcânico e inflamante Heavy Rock de
propensão e inspiração setentista. A
sua sonoridade ardente, erótica e envolvente – incendiada e consumida pelo
cáustico efeito Fuzz – causa no
ouvinte um inquietante sentimento de prazerosa comoção que o abraça e orbita do
primeiro ao último tema. São cerca de 34 minutos completamente atestados de uma
vibrante, lasciva e apaixonante vivacidade que faz dele um dos álbuns mais
extraordinários do ano. Dissolvam-se por entre a abrasadora nebulosidade de Black Elephant à hipnótica e entusiasmante
boleia sonora de duas guitarras que se fundem e robustecem na criação de tumultuosos,
monolíticos, intensos e majestosos riffs
e se perdem e encontram por entre a incrível condução de desvairados, gritantes,
alucinantes e assombrosos solos, um baixo encorpado de linhas magnetizantes, escurecidas,
tensas e oscilantes, uma bateria dominante de ritmicidade diligente, volumosa,
atlética e provocante, e uma voz cavernosa, incisiva, urticante e furiosa que
lidera com distinção toda esta reverberante e ciclópica avalanche. O artwork copiosa e detalhadamente tricotado
a misticismo é da inconfundível autoria do prodigioso artista sueco Robin Gnista (intérprete visual de bandas
como Brant Bjork, Buried Feather, Honeymoon Disease, The Sonic
Dawn, Killer Boogie, Gypsy Sun revival e até da presente
edição do festival português SonicBlast
Moledo). Deixem-se atear e intoxicar pela contagiante turbulência de ‘Cosmic
Blues’ e vivenciem-no com total fascínio e exuberância. Uma verdadeira
dose de adrenalina e encantamento que seduzirá e exaltará o mais frio dos
ouvintes.
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