Do território nórdico chega
um dos meus registos favoritos do ano. Falo do segundo álbum do quarteto sueco Wheel in the Sky lançado no final do
passado mês de Agosto pela mão da prestigiosa editora discográfica The Sign Records nos formatos físicos
de CD e vinil. Alicerçado num elegante, robusto, melódico e empolgante Classic Rock de ares setentistas com indiscretos laivos de um
deslumbrante, perfumado, mélico e afável Psych
Rock de textura revivalista, este adorável ‘Beyond the Pale’ causara
em mim um forte e inabalável sentimento de apego que ameaça intensificar-se com
o acréscimo das audições. Num constante pendulo que tanto nos euforiza em possantes,
ritmadas, destravadas e incitantes galopadas como nos narcotiza em extasiantes,
sublimes, ensolaradas e envolventes baladas, este novo trabalho da proeminente formação
escandinava - enraizada na histórica cidade de Uppsala – promete cativar e consequentemente apaixonar quem nele se
refugiar. A sua sonoridade brilhantemente saturada de um desarmante carisma balanceia-se
de forma fluída e graciosa de poderosas, dinâmicas e ostentosas cadências do
lado mais vintage do Hard Rock a edénicas, lisérgicas e
estarrecedoras paisagens de um psicadelismo primaveril capaz de nos embaciar a
lucidez e embebedar de uma plena sensação de bem-estar. Na receita de todo este
apetitoso feitiço de ingestão via auditiva estão duas guitarras que se envaidecem
em majestosos, torneados, condimentados e imperiosos riffs e se entrelaçam na criação e condução de admiráveis,
alucinantes, impactantes e formidáveis solos, um baixo diligente de linhas onduladas,
tensas, latejantes e torneadas, uma bateria incisiva e criativa de pulsação talentosa,
acrobática, desenvolta e progressiva, e ainda uma voz radiosa de feição voluptuosa,
doce, torneada e harmoniosa que confere a ‘Beyond the Pale’ toda uma extravagante
sumptuosidade capaz de conquistar tanto gregos como troianos. Este é um disco verdadeiramente
esplêndido ao qual tenho recorrido vezes e vezes sem conta. Um álbum edénico, detentor
de uma beleza singular e lapidar. Deixem-se empoeirar, ofuscar e absorver na intensa
refulgência transpirada por ‘Beyond the Pale’ e vivenciem na máxima
plenitude um dos registos mais vistosos e luxuosos de 2018.
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