quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Review: ⚡ Lords of Beacon House - ‘Recreational Sorcery’ (2018) ⚡

Depois de na Primavera de 2015 ter apaladado e consequentemente elogiado o seu álbum de estreia (review aqui), os californianos Lords of Beacon House lançam agora o seu tão ansiado sucessor ‘Recreational Sorcery’ e eu não poderia sentir-me mais saciado e maravilhado com o resultado. Este fascinante tridente norte-americano oriundo da cidade veraneia de Los Angeles presenteia e prazenteia todos os seus ouvintes com uma irresistível dosagem de um inflamante, charmoso, ostentoso e intrigante Heavy Psych N’ Blues de adorável textura vintage que nos envolve, revolve, incendeia e esporeia do primeiro ao derradeiro tema. São cerca de 47 minutos tiquetaqueados a uma encantadora e provocante cavalgada que nos passeia pelos poeirentos trilhos que cicatrizam o enferrujado coração do velho oeste. Calcem as texanas, ajustem o chapéu de aba larga, pulem para cima da sela e segurem firmemente as fervilhantes rédeas deste apaixonante ‘Recreational Sorcery’ à memorável boleia de uma guitarra afrodisíaca que se serpenteia em excitantes, fogosos e dançantes riffs e se enaltece em copiosos, extravagantes e portentosos solos, um diligente baixo de bafagem dominante, torneada, marcada e possante, uma instigante bateria de acrobacias incisivas, criativas, talentosas e altivas, e ainda uma enigmática voz de essência gélida, penetrante, magnetizante e avinagrada que contrasta na perfeição com o tórrido entusiasmo que este álbum transpira por todos os seus poros. Nos créditos do notável artwork pincelado e temperado a aguarela está o facilmente reconhecível ilustrador norte-americano Adam Burke que tantas e tantas vezes embeleza os trabalhos musicais aqui tratados. Este é um álbum que conquistara a minha aprovação e veneração à primeira audição que lhe dedicara. Um registo tocado a requinte, emoção, regozijo e inspiração que facilmente agradará e inquietará tanto a gregos como troianos. Verdadeira feitiçaria em estado musical. Estamos mesmo na presença de um disco repleto de carisma que me enche as medidas e obriga a arremessá-lo para os mais altos lugares da lista referente aos melhores álbuns nascidos em 2018.

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