O muito promissor power-trio português Orangotango acaba de lançar no formato físico de CD o seu tão ansiado
álbum de estreia ‘Sumatra’ e consequentemente estimular a subida do Produto Interno
Bruto (PIB) nesta ponta final do ano. Natural do concelho de Valongo (Porto) esta jovem formação de essência instrumental explora de
forma aventureira e audaciosa os territórios de um meditativo, cósmico, místico
e lenitivo Psych Rock que se amplifica,
fervilha, obscurece e tonifica num ardente, dinâmico e provocante Stoner Rock de bafagem Doom’esca capaz de nos contagiar, agredir e inebriar
com a sua poderosa exuberância. A exótica, entusiástica e fibrótica sonoridade
de ‘Sumatra’
– temperada pelo clima tropical – remete-nos para um alucinante safari que
desbrava toda uma selva inexplorada pelo homem. São 30 minutos que nos bronzeiam e afogueiam num intenso estádio de efervescência. Sintam toda a excitante ardência
ressoada pelos Orangotango ao
conjugado som de uma vulcânica guitarra que se robustece, aviva e estremece em calorosos,
ritmados e vigorosos riffs, e se nebuliza,
transcende e eteriza em deslumbrantes, ácidos e atordoantes solos empoeirados e
afagados pelas estrelas, um possante baixo de linhas conduzidas a impetuosidade,
vigor, primor e expressividade, e uma explosiva e portentosa bateria movida a
extravagantes, arrojadas, talentosas e incisivas acrobacias. São estes os três
ingredientes que em alegre consonância fazem de ‘Sumatra’ uma abrasadora,
picante e sedutora iguaria. De destacar ainda pela positiva o fabuloso artwork de créditos devidamente apontados ao Deletra Creative Studio superiormente pensado,
desenhado e tingido com base numa indiscreta inspiração tribal que casa na
perfeição com a natureza sonora que este registo encerra. Estamos indubitavelmente
na presença de uma das mais exaltáveis surpresas sonoras de origem lusa que
promete euforizar, revolver e rufar todos os corações que nele ousarem ingressar.
Aventurem-se nele.
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