Da grande e populosa cidade sueca de Gotemburgo chega-nos uma das mais
agradáveis e singulares surpresas sonoras de 2019, e um dos meus registos favoritos nascidos
até à presente data. Falo do novo álbum dos nórdicos Molior Superum designado de ‘As Time Slowly Passes By...’ e
lançado no último suspiro do passado mês de Março pela mão do selo discográfico
germânico H42 Records sob a forma
física de vinil (este repartido em três edições contrastadas e ultra-limitadas
à prensagem de apenas 100 cópias cada). Naturais da mesma localidade de
influentes bandas como Graveyard e Horisont, também a sonoridade vintage de Molior Superum se camufla perfeitamente com os primórdios desses seus vizinhos que há muito me cativam. Fundamentado num chamativo, elegante,
deslumbrante e revivalista Classic Rock
de instigante galope setentista e num
fascinante, perfumado, sofisticado e electrizante Heavy Blues de aroma retro,
esta refinada, sedutora e inspirada obra desencadeara em mim um autêntico caso
de amor à primeira audição que me prendera e extasiara do primeiro ao
derradeiro tema. De alma arrebatada, olhar petrificado, sorriso imortalizado e
ouvidos salivantes deixei-me passear, envolver e enlevar pela primorosa, desarmante
e harmoniosa formosura que a airosa musicalidade de ‘As Time Slowly Passes By…’
enclausura. Estruturada, executada e conduzida a uma destreza, subtileza e
tecnicidade soberbamente apuradas, a alma deste segundo trabalho de longa
duração de Molior Superum traz-nos o
imaculado carisma de uma era dourada há muito em desuso. Embalem na vertigem ao
conjugado som entre duas guitarras majestosas que se associam na elevação e
orientação de ardentes, vaidosos, alterosos e eloquentes Riffs e se transviam na libertação e dominação de transbordantes, adornados,
principescos e magnetizantes solos, um baixo viçoso de bafagem poderosa, reverberante,
torneada e ostentosa, um melódico teclado de voluptuosos, agradáveis e maviosos
bailados, uma talentosa bateria que tiquetaqueia com base num toque macio, expansivo
e cintilante e se afogueia em admiráveis, excêntricas e mirabolantes acrobacias
circenses, e ainda uma voz provocante, harmoniosa, gloriosa e liderante que
empresta toda uma distinta nobreza a esta caprichada criação desta formação
sueca. ‘As Time Slowly Passes By’ é um álbum integralmente concebido à
minha imagem. Um registo verdadeiramente magistral que me deixara pasmado,
estarrecido e absorvido na sua fulgurante, intensa e tonificante virtuosidade.
Invistam e persistam nesta perfeita obra-prima de Molior Superum que promete encorajar e avivar a luta por um lugar
ao sol nos primeiros lugares dos melhores álbuns lançados em 2019.
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