Com 15 anos de
rodagem e uma mão cheia de álbuns, o electrizante power-trio parisiense Domadora
continua a sua psicotrópica jornada pelo negro asfalto cósmico com o lançamento
do seu novo trabalho designado ‘Indian’ e lançado sob o exclusivo formato
digital com o selo editorial de autor. Electrificado por um fulminante, intoxicante,
ritualístico e trepidante Heavy Psych de essência puramente instrumental,
este 6º registo da banda francesa baloiça-nos por entre fogosas, empolgantes e vertiginosas
galopadas de instrumentos em sónica debandada que nos causam explosivas erupções
de adrenalina, e meditativas, lenitivas e orvalhadas passagens atmosféricas de
uma embriaguez etérea que nos permite recuperar o fôlego e ganhar balanço para novos
disparos locomovidos a alta rotação. A sua sonoridade sísmica, mística,
narcótica e alucinógena partilha o ADN de bandas como Sleep, Earthless,
Tia Carrera, Ahkmed, Harsh Toke, Blown Out e Heavy
Trip, envolvendo e revolvendo o ouvinte embriagado num alucinante e atordoado
mergulho através da estremecedora e rodopiante boca do Cosmos deslumbrante. De sentidos
inebriados, membros atados e passo trôpego vagueamos – num febril estádio de ébria
sonolência – pelas imersivas, explorativas, evolutivas e venenosas jams
de alta voltagem e rápida absorção deste irreverente tridente ofensivo. Uma encaracolada
montanha-russa desbravada a duas velocidades que tanto nos mergulha nas
profundezas da melancólica lisergia como resvala furiosamente pelas costuras rebentadas
da vulcânica euforia. Uma nebulosa hipnose de incenso canábico directamente
inalado de uma guitarra selvagem que tudo varre através de ventosos, dançantes,
vibrantes e rugosos riffs, e ácidos enxames de rodopiantes, esvoaçantes,
ecoantes e infindáveis solos, um baixo sisudo de bafo viçoso, tenso, denso e
espinhoso, e uma bateria explosiva de percussão altiva, incisiva e tribalista
capaz de ressuscitar e desenterrar velhos fantasmas indígenas. ‘Indian’
é um impactante álbum de natureza alucinógena, exótica, caleidoscópica e ritualista
– detentor de uma toxicidade a perder de vista – que nos centrifuga a alma, descarrila
a lucidez e desarruma a sanidade mental. Uma viagem visceral pelo enérgico, delirante
e psicadélico universo de Domadora do qual ninguém sairá ileso. Cinco
cintilantes estrelas para este indomável cometa que incendeia a eterna noite cósmica.
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