quarta-feira, 28 de maio de 2014

Charts and Maps - Dead Horse (2011)

Dead Horse” é um verdadeiro carnaval sonoro, capaz de despistar a nossa capacidade de leitura musical. É um dos discos mais ricos e complexos que ouvira até então. Das divergências delirantes do Math Rock aos improvisos ‘jazzísticos’ que nos estarrecem; das narrativas idílicas do Post Rock que nos adornam às incursões alucinantes do Progressive Rock que nos fazem levitar. É aqui que “Dead Horse” subsiste. Uma excursão admirável pelos insondados trilhos do improviso musical. Presenciem o visceral abraço entre duas guitarras estimulantes que nos exaltam, e um saxofone orgásmico que grita e vomita êxtase. Percam-se nesta folia emotiva que nos seduz e conduz pelas ruas do bem-estar. Recostem-se e sintam toda uma eclosão sensorial anestesiar-vos e sussurrar-vos o idioma do Paraíso. Este é um dos discos mais delirantes de que tenho memória. Uma experiência tremendamente viajante, fascinante e hipnótica. Uma odisseia tão para lá da atmosfera da consciência, que no final do derradeiro tema do disco vão sentir-se deambular pelas brisas soníferas de um Cosmos narcotizado.

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