sábado, 25 de junho de 2016

Review: ⚡ Comet Control - ‘Center of the Maze’ (2016) ⚡

Oficialmente lançado no passado dia 24 de Junho via Tee Pee Records nos formatos de digital, CD e LP, ‘Center of the Maze’ representa a banda-sonora perfeita para um dia veraneio de sol vigilante que nos amorena com o seu bafo quente e vibrante, e onde revitalizantes e carinhosas brisas se passeiam e entrelaçam nos nossos cabelos. Admito que – depois de lançado o seu álbum de estreia em 2014 e de em 2015 ter testemunhado Comet Control ao vivo – dedicava a este segundo disco do quinteto canadiano as mais sublimes expectativas. Mas a verdade é que ‘Center of the Maze’ acabou por superá-las de forma surpreendente, provocando em mim um poderoso estado de deslumbramento que me dominara ao longo de todo o álbum. Baseada num cálido e envolvente Psych Rock em perfeita cumplicidade com um nebuloso e contemplativo Space Rock, a sonoridade onírica e sensual de ‘Center of the Maze’ tem o dom de nos eternizar e hipnotizar do primeiro ao derradeiro tema. É verdadeiramente extasiante deixarmo-nos encantar ao longo dos seus 43 minutos embrenhados numa lisérgica e embriagante comoção que nos mantem enraizados neste paradisíaco sonho acordado. As duas guitarras celestiais serpenteiam-se entre si, uivando comoventes, fascinantes e sidéricos solos, e aliando-se na criação de brumosos e montanhosos riffs que se distendem e oxigenam toda a esta radiosa atmosfera. O baixo bocejante de condução sólida e deliciosamente ritmada robustece com elegância e autoridade toda esta maravilhosa digressão sonora, a estarrecedora e cativante bateria tiquetaqueia com sagacidade esta sedada euforia, o dançante sintetizador de alma ancorada nos astros polvilha magia estelar, e a voz espectral, relaxante, sedosa e narcotizante sobrevoa com vaidade e leveza toda esta prazerosa e morfínica comoção. Banhem-se na psicotrópica radiação de ‘Center of the Maze’ e desmaiem na doce inércia que este exala. Este é um álbum que nos cega com a sua intensa resplandecência. Um álbum que nos bronzeia de êxtase e propulsiona pelo vasto e anestésico Cosmos. Recostem-se confortavelmente, fechem os olhos, golpeiem e eternizem o sorriso e vivenciem detidamente toda esta ataraxia em estado musical.

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