segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Review: ⚡ The Dues - 'Time Machine' (2017) ⚡

De Winterthur (Zurique, Suíça) chega-nos a nova fragância sonora do fascinante power-trio The Dues apelidado de ‘Time Machine’. Lançado oficialmente no passado dia 18 de Outubro sob a forma física de CD e vinil, este seu novo álbum prende um sumptuoso, elegante, sensual e emocionante Heavy Blues de rotação setentista que prontamente nos destrava para uma empolgante, vertiginosa, acrobática e delirante montanha-russa sem travão à vista. A sua sonoridade musculada, mélica, quente e oleada desfila hipnótica e envaidecidamente pelos 12 temas que incorporam este ‘Time Machine’, fazendo deste um dos registos mais agradáveis e apaixonantes do ano. Há algo de verdadeiramente deslumbrante na luxuosa atmosfera de ‘Time Machine’ que me estaciona num perfeito e incessante estádio de êxtase. Numa estonteante, soberba e magnetizante aliança entre a afável delicadeza, a galopante ritmicidade e a buliçosa emoção, o ouvinte é absorvido e conduzido pela sagacidade técnica de The Dues, provocando no mesmo uma constante e indomável salivação. Deixem-se cercar e ludibriar pela desarmante lubricidade transpirada por uma guitarra liderante que se sobressai em riffs dançantes, requintados, notáveis e excitantes e se dissipa em solos verdadeiramente fervorosos, extravagantes orgásmicos e eletrizantes que nos embebem e inebriam de pura adrenalina. Sintam os vossos corpos pendular de forma instintiva à provocante boleia de um baixo verdadeiramente encantador, detidamente entregue a linhas bailantes, densas, robustas e oscilantes. Sacudam-se ao prazeroso som de uma bateria virtuosa – movida a aparatosas, incríveis e talentosas acrobacias – que nos presenteia e impressiona com um exímio e assombroso solo, e namorem os vocais harmoniosos, felinos e vivazes que revigoram todo este ostensivo desfile sonoro. ‘Time Machine’ é um álbum imensamente sublime – detentor de uma beleza consumada – que não deixará ninguém indiferente. Bebam este ardente, escarpado e poderoso trago de Heavy Blues à moda dos 70’s e entrem em combustão. Que álbum!

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