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segunda-feira, 14 de julho de 2025
Review: 🏰 Wytch Hazel - 'V: Lamentations' (2025, Bad Omen Recs) 🏰
À cidade
britânica de Lancaster regressam, invictos, os quatro cavaleiros cristãos Wytch Hazel depois da sua quinta e gloriosa cruzada apelidada ‘V: Lamentations’, promovida
pela editora discográfica londrina Bad Omen Records através dos formatos
LP, CD e digital. Escudado num elegante, melódico, romântico e viciante Hard
Rock de armadura medieval, num altivo, ostentoso, majestoso e emotivo Heavy
Metal de estirpe tradicional, e ainda num pastoral, místico, rústico e
ancestral Folk Rock de agradável clima outonal, este seu quinto trabalho de
longa duração cavalga impiedosamente na nossa direcção de lanças empunhadas e
espadas desembainhadas, tomando de assalto os nossos corações já trespassados pela flecha de cupido. Rendidos, comovidos
e apaixonados pela sua trovadora, harmoniosa, lustrosa e sonhadora sonoridade de
amarelecido brilho vintage – herdeira de vultosas referências clássicas como Blue
Öyster Cult, Boston, Kansas, Thin Lizzy, Styx, Chicago
e Journey, bem como de outras incontornáveis bandas da contemporaneidade como Hällas,
Svartanatt, Haunt, Freeways e Spirit Adrift – somos
uma presa demasiado fácil. Charmoso, poético, profético, meloso e detentor de um poder miraculoso e curativo, ‘V:
Lamentations’ é uma ornamentada, inspiradora e consumada obra-prima de
contornos épicos que não deixará nenhum ouvinte recostado à indiferença. Um
álbum verdadeiramente irresistível – de crepuscular beleza e espectacular
destreza – que nos obriga, de olhos cintilantes e ouvidos salivantes, a experienciá-lo
vezes e vezes sem conta. Deixando em nós o caramelizado trago da doce nostalgia,
este afável, admirável e santificado registo de Wytch Hazel parece ter
sido virtuosamente forjado nas incandescentes fornalhas dos gloriosos 70’s e 80’s.
Um feitiço – impossível de ser quebrado – que nos amolece e enternece o coração do primeiro ao derradeiro tema. Confinados no interior das altas muralhas do imperioso e vitorioso reino Wytch Hazel, é tão fácil deixarmo-nos embevecer, prender e
envolver numa fascinante narrativa fabular superiormente musicada por duas
guitarras siamesas que bailam numa vistosa desgarrada de magistrais, libidinosos,
glamorosos e esculturais riffs e se desatam e envaidecem na alucinada
condução de solos fenomenais, sumptuosos, refinados e sentimentais, um baixo vagueante
de linhas nervudas, sombreadas, oleadas e parrudas, uma bateria empolgante de
ritmo leve, animado, desembaraçado e cativante, e uma voz reinante, melódica,
aristocrática e galante que lidera com ofuscante carisma toda esta triunfante galopada
para o sangrento epicentro da batalha. Deixem-se cortejar e conquistar pela ritualística
sensualidade de Wytch Hazel, e comunguem, inebriados em êxtase e devoção,
este seu cálice sagrado. Um dos grandes álbuns editados em 2025 está aqui, no coração
mediévico desta inviolável fortificação.
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