Merecidamente, "The Artist" ganhou o prémio de melhor filme de 2011. Foi o reconhecimento, ainda que tardio, do verdadeiro valor inerente ao cinema mudo e a todos os seus obreiros. "The Artist" representa o apogeu do cinema mudo, e a sua queda abrupta rumo ao esquecimento no final dos anos 20. Buster Keaton ficaria orgulhoso pela homenagem (ainda que indirecta) a toda a sua brilhante carreira. Jean Dujardin tem uma das mais marcantes interpretações que vira até então. Calçou (e de que forma!) o cinema mudo, e personificou todas as suas glórias e derrotas. O cinema mudo teve em “The Artist” a esperança e a adaptação pós-cinema falado que, verdadeiramente, nunca conheceu. Foi o prolongar de uma vida para além da morte.
Em "The Artist", Michel Hazanavicius deu voz ao cinema mudo.
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