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quinta-feira, 26 de junho de 2025
Review: 🍹 Goblyns - 'Three Sisters' (2025, Crazysane Records) 🍹
Depois de no
passado ano ter sido bronzeado e contaminado pelas boas vibrações exaladas
pelos poros do sublime álbum de estreia de Goblyns – intitulado ‘Hunki
Bobo’ e aqui trazido e traduzido em decorosas e elogiosas palavras –,
sou agora novamente subjugado à maravilhosa resplandecência deste exótico tridente
domiciliado na cidade-capital alemã de Berlin que acaba de lançar o seu
segundo trabalho de longa duração apelidado ‘Three Sisters’ e editado
sob as formas de LP, CD e digital com o carimbo editorial da germânica Crazysane
Records. Este frutado, açucarado, multicolorido e delicioso cocktail
musical – de textura polposa e sabor tropical – tem como seus ingredientes reinantes
um magnetizante, matizado, arenoso, ensolarado e provocante Psychedelic Rock
de um forte pulso Funk que nos faz saltitar os ombros, um imersivo ritmo
Krautrock que nos rodopia a cabeça, um incessante galope Zamrock que
nos viaja num empolgante safari de boas sensações, uma fresca brisa Soul
que nos eteriza e seduz, e toda uma cinematográfica atmosfera que se desdobra
na infinidade do nosso imaginário e nos conduz aos Ennio Morricone’scos
desertos do Spaghetti Western. A sua sonoridade distendida, quente, sorridente
e fluída banha-se nas paradisíacas praias de bandas como Kikagaku Moyo, Khruangbin,
Futuropaco, Here Lies Man, The Budos Band, The Meters,
Glass Beams, W.I.T.C.H. e CAN, prendendo, maravilhando e
deleitando o ouvinte do primeiro ao derradeiro tema. Fascinados, levemente
embriagados e levados pelo esponjoso, irresistível e apetitoso groove de
Goblyns, somos contagiados pela boa disposição de ‘Three Sisters’
que nos conserva de olhar semi-cerrado e sorriso desenhado no rosto. Uma
enfeitiçante, incansável e purificante dança tribal onde nos perdemos e
encontramos por entre gargalhadas ecoantes, visões caleidoscópicas e um atordoamento
sensorial. Numa dança gravitacional, a delirante guitarra de serpenteantes, sensuais,
gulosos e viciantes Riffs – ocasionalmente electrificados e inflamados
pelo urticante efeito Fuzz – e solos derretidos, borbulhantes e
desmaiados, o baixo elástico de linhas pulsantes, carnudas, ondeantes e
hipnóticas, a tribalista bateria de ritmicidade absorvente, desembaraçada, compenetrada
e excitante, e os vocais leves, sussurrados, delicados e espectrais coabitam
num inquebrável abraço orbital. São 35 minutos de estadia num autêntico oásis
sensorial. ‘Three Sisters’ é um álbum de fácil digestão e imediata
atracção que nos leva à rendição e conquista. Um disco triunfante, de luz vibrante e coloração estonteante, que nos obriga a bailá-lo com voracidade e sofreguidão até que a fadiga nos derrube. A banda-sonora perfeita para o
Verão.
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