quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Pearl Jam



Foi há cerca de uma década. Após ter feito 10 anos mudei de casa. Fui obrigado a mudar a rotina infantil (antes de entrar em casa fazia sempre os “trabalhos de casa” sentado/deitado nas escadas, assim que entrava em casa, lanchava e agarrava a bola, pois os meus amigos já me chamavam para ir jogar, a voz da minha mãe alertava-me para regressar a casa, pois já anoitecia e o jantar esperava no prato). Tenho saudades desses tempos. Não quis despedir-me dos meus velhos amigos de rua, pois isso iria libertar mais lágrimas que aquelas que corriam pela minha face. Na nova casa, apesar de enorme, com um grande jardim, um belo terraço, uma bela vista,… ainda não me sentia confortável nela. Observava, á janela, outros miúdos a pontapearem uma velha bola ao lado de minha casa… Aos poucos aproximei-me deles e convidaram-me para jogar também. Pouco tempo depois já me encaravam como o mais recente vizinho deles, e a confiança ganhava expansão. Foi nesse tempo, que, após, os fatigantes jogos, nos juntávamos, á noite, para escutar os adolescentes da rua tocarem Nirvana e Pearl Jam nas guitarras. Aquele espírito marcou a minha infância, e a infância de outros que, também, presenciaram aquele momento.

Estou a ouvir o álbum TEN dos Pearl Jam e, esses fragmentos nostálgicos, assaltaram-me.

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