quarta-feira, 11 de agosto de 2010

These Roads don't move!


Esta estrada, chamada “vida”, está repleta de peregrinos em busca de boleia. Todos têm um destino, um objectivo… Numa manhã hibernal de muito frio, lá estavas tu, junto á estrada, de cabisbaixa, sentada numa velha mala de pele castanha. Eu parei e abri a porta. Tu olhaste-me, sorriste e entraste no carro. Não me falaste do teu destino, apenas te recostaste e adormeceste enquanto o vento dançava com os teus belos e compridos cabelos cor de pôr-do-sol. Eu seguirei rumo ao infinito. Enquanto existirem estradas que alimentem esta sede, eu continuarei a cruzá-las. Seguiste vida comigo, debaixo do sol, da lua, das estrelas… estrada fora. Se um dia quiseres sair… ficar por uma velha e inóspita aldeia junto á estrada, eu encostarei e deixar-te-ei sair. Eu pertenço a estas estradas… estradas estas, que não se movem.

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