quinta-feira, 12 de julho de 2012

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Se for preciso, assistirei a todos os nascimentos do sol e a todas as manifestações lunares. Se for preciso, morrerei várias vezes por cada olhar esperançoso que dedicar ao telefone inanimado. Se for preciso, prolongarei a expiração durante os mais dilatados e frios anos da minha subsistência. Se for preciso, calarei eternamente as mais profundas necessidades básicas, para manter acordada apenas uma. Se for preciso, ouvirei todos os bocejos do anoitecer e todos os esperneares matinais. Se for preciso, respirarei toda a fé esquecida nos mais recônditos cantos da vontade. Se for preciso, gritarei páginas do meu peito e rastejarei pelas crateras da minha alma. E se esta vida não chegar, esperarei por uma seguinte até te reencontrar novamente num todo chamado “Nós”.

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