Acabei de ver o magnífico documentário “Pearl Jam Twenty” e
ainda não me recompus. O documentário ressuscitou velhas memórias de uma
adolescência dedicada aos cinzentos céus de Seattle. Recordei uma fria noite de
inverno em que um amigo (caixas) bateu à porta de minha casa. Trazia consigo um
entusiasmo impaciente por me mostrar um tema (“Alive”) de uma banda (nossa
desconhecida até ao momento) chamada Pearl Jam, que ouvira por mera casualidade.
Tinha uns 16 anos e, desde então, dediquei grande parte do meu tempo a “molhar-me”
debaixo dos céus do Grunge. Nessa altura, tinha uma banda de garagem. A paixão
por Pearl Jam era tão pesada que tive de a levar comigo para os ensaios e
conseguintes concertos que demos por Carrazeda de Ansiães. Encontrei na
sonoridade de bandas como Pearl Jam, Alice in Chains e Screaming Trees, a
personificação das manifestações da minha alma. Tinha ainda 17 anos, quando corri a Lisboa para
ver os meus heróis ao vivo no Pavilhão Atlântico. Foi um concerto marcante, tão
grandioso quanto a minha devota admiração pela banda. Regressei a casa com a
voz do Eddie Vedder e os riffs do Stone Gossard bem presentes em mim. Depois de
tanto tempo, foi com enorme nostalgia e lágrimas saudosistas que vi este
testemunho deixado pelos eternos Pearl Jam.
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