Foi amor à primeira audição.
Aliás, considero – até – ser completamente desumano que alguém, de ouvidos
desobstruídos, encolha os ombros quando confrontado com toda esta descarga de riff’s monolíticos e robustos. Este trio
dinamarquês de acelerador a fundo tem em “The
Cave & The Sunlight” um disco
implosivo e musculado, onde o Southern vigoroso e o Blues viajante se namoram, e daí resulta uma
perfeita e intensa combustão “groovesca”. É à boleia de uma guitarra
com fibra que nos conduz a alta velocidade pelas autoestradas flamejantes e nos
entorpece a alma com a sua lisérgica radiação, de um baixo dançante e possante que
nos obriga a murmurá-lo enquanto este persegue incansavelmente a guitarra, de uma
bateria catártica, vitaminada pela adrenalina, que nos liberta e endoidece com as
suas incursões mirabolantes, e de uma voz erodida e dominante que nos assalta e
intensifica a comoção, que somos levados e elevados de encontro à refracção solar que se esperneia pelo horizonte fervilhante.
Este é um dos discos mais pujantes que ouvira até então.
1 comentário:
Confere, muito bom mesmo.
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