Já desde o lançamento do seu
primeiro disco (‘777’) em 2013 que Goya
tem vindo a amadurecer o seu reconhecimento no panorama Psych-Doom. O power-trio
natural de Phoenix, Arizona (EUA)
acaba de ultimar o seu mais recente trabalho ‘Obelisk’ (@ STB Records) que – a par dos seus antecessores – vem sobrecarregado
de Riffs
pesados, arrastados e hipnóticos. São 56 minutos de intensa e
fulgurante assombração capaz de nos enlutar e dominar a alma. É impossível desassociar
a sonoridade de Goya da profana harmonia
de Electric Wizard, uma vez que
partilham a mesma inebriante neblina Doom’esca (e até os vocais são muito
semelhantes aos de Jus Oborn). ‘Obelisk’ encerra uma atmosfera imensamente
turva e densa que governa toda a sua longevidade. Obedeçam aos Riffs soberanos e opressivos de uma
guitarra possante e erosiva que se conduz com distinção, às pesarosas e
robustas linhas de um baixo tenebroso, às entorpecedoras incursões de uma
bateria lenificada, e ainda aos vocais paralisantes e viscerais que irrompem
pela corrosiva comoção instrumental. Goya
representa a vertente mais embriagante do Doom.
Comunguem este verdadeiro sonífero e sintam-se perecer perante a apurada toxicidade
de ‘Obelisk’. Um dos discos do ano está aqui.
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