Da cidade de Topeka (capital do estado
norte-americano do Kansas) chega-nos
o Heavy Psych n’Blues do power-trio Youngblood Supercult que acaba de lançar o seu segundo trabalho
denominado “High Plains”. A sua receita sonora é fácil de desmistificar: Heavy Psych sedutor, enérgico e dinâmico
entrelaçado num Blues arrastado,
robusto e obscuro, ambos regados e temperados com o eletrizante e pulveroso efeito Fuzz. Tudo isto resulta numa euforizante avalanche de riffs
dançantes e torneados que nos fecundam e desvariam ao longo de todo o corpo
temporal de “High Plains”. Este é um dos discos mais estimulantes e
sensuais do género, que nos submete a um delirante estado de plena reverência
ao mesmo. Deixem-se embriagar por uma guitarra imensamente provocante que se pavoneia
de forma eloquente, lasciva e redentora pelas serpenteantes estradas do riff, e se transcende em frenéticos e
emocionantes solos de natureza erógena. Sintam o denso e possante bafo de um
baixo que se conduz harmoniosamente pelas dançantes artérias de “High
Plains” e esvaírem-se de prazer ao som de uma bateria entusiástica que
tiquetaqueia com admirável habilidade toda esta ritmada, consonante e visceral ostentação.
Sintam ainda os vossos ouvidos salivar e entorpecer com a mélica, aveludada e
cativante voz que de forma hipnotizante sobrevoa o instrumental. Este é um
disco desmesuradamente fascinante que nos namora de forma extrovertida, entusiasta
e exuberante do primeiro ao último tema. Um dos grandes discos de 2016 que merece ser consumido sem
qualquer moderação.
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