domingo, 12 de março de 2017

Review: ⚡ Cloud Catcher - 'Trails of Kozmic Dust’ (2017) ⚡

Da grande e populosa cidade de Denver (Colorado, EUA) chega um dos álbuns por mim mais aguardados do ano. Lançado oficialmente pelo selo discográfico francês Totem Cat Records nos formatos físicos de CD e vinil, ‘Trails of Kozmic Dust’ do eletrizante power-trio Cloud Catcher não só correspondera às enormes expectativas que previamente lhe dedicara, como se perfila mesmo até ao momento como o meu álbum favorito de 2017. Baseado num intenso, galopante e entusiástico Heavy Psych oleado e tonificado por um robusto, elegante e torneado Hard Rock de essência setentista, este segundo e novo álbum da banda norte-americana conquistara-me de uma forma verdadeiramente avassaladora. A sua sonoridade titânica, portentosa e estonteante – que conjuga na perfeição a intensidade com a ligeireza e a rudeza com a delicadeza – agiganta-se numa monolítica e poderosa avalanche de adrenalina que em nós se debruça e desmorona com violência. Entrem numa extasiante e redentora erupção de tremenda agitação ao incrível som de uma guitarra assombrosa que se conduz por entre majestosos, dinâmicos e fascinantes riffs e se transcende em veementes, frenéticos e dilacerantes solos que nos assaltam e incendeiam. Balanceiem detidamente os vossos corpos enfeitiçados pela soberana influência de Cloud Catcher à magnetizante e arrebatadora boleia de um baixo pulsante, vigoroso e dançante que vocifera pesadas, maciças e reverberantes linhas. Desprendam as cabeças na instintiva resposta a uma bateria explosiva que com as suas emocionantes, acrobáticas e desvairadas investidas inflama toda esta descontrolada comoção de prazer e exaltação, e intriguem-se com os vocais rasgados, cavernosos e mordazes que sobrevoam a mássica e vibrante atmosfera de ‘Trails of Kozmic Dust’. É justo ainda enaltecer o rico e encantador artwork brilhantemente ilustrado pelo artista norte-americano Adam Burke. Diluam-se nestes veementes 40 minutos regados a euforia. Este é um álbum saturado de epinefrina que nos preenche, sacode e dispara a consciência pela infinidade do deslumbrante Cosmos.

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