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segunda-feira, 31 de julho de 2017
Review: ⚡ Montaña Electrica - 'Selvas y Trópicos' (2017) ⚡
Da capital argentina de Buenos Aires chega-nos ‘Selvas
y Trópicos’: a nova fragância exótica da jovem banda Montaña Electrica. Lançado no passado
dia 24 de Julho em formato físico (CD e cassete) e digital pela mão conjunta dos
selos discográficos locais Fauna Records,
Blander Records e Granero Records este registo de
essência arrebatadora e pitoresca conquistara-me logo à primeira audição. Baseado
numa envolvente, primorosa e deslumbrante fusão sonora de onde sobressaem um
elegante, delicado e sublime Jazz,
um vibrante, harmonioso e exultante Funk, um dinâmico, alegre e fluído Prog Rock, e ainda um ardente, agradável e delirante Psych
Rock, este segundo álbum do quinteto latino tem o dom de nos atestar de um
êxtase febril que nos abraça, hipnotiza e estarrece ao longo dos seus 42
minutos de duração. Deslumbrem-se ao psicotrópico som de uma guitarra luxuosa que
se conduz por entre esplêndidos, serenos e prazerosos riffs e solos imensamente temulentos, alucinantes e magistrais, um
baixo fibrótico e pulsante e de linhas robustas, rimadas, e dançantes, uma
bateria jazzística de toque polido,
ligeiro e apurado, um saxofone uivante de bizarros, sumptuosos e magnetizantes bailados, um sintetizador etéreo, intrigante e ritualístico de aura astral, e ainda uma voz primaveril que se passeia e galanteia livremente pela comovente
e opulenta atmosfera de ‘Selvas y Trópicos’. Este é um disco
verdadeiramente surpreendente que nos incendeia de um intenso e desgovernado
prazer. Bronzeiem a vossa alma no radioso e fulgurante encantamento de ‘Selvas
y Trópicos’ e deixem-se absorver, seduzir e empolgar pela sua graciosidade,
extravagância e vitalidade carnavalescas. Um dos álbuns mais estimulantes e libidinosos
do ano está aqui, no inflamante e alucinógeno fervor sonoro de Montaña Electrica.
domingo, 30 de julho de 2017
sábado, 29 de julho de 2017
sexta-feira, 28 de julho de 2017
quinta-feira, 27 de julho de 2017
Review: ⚡ Down with the Gypsies - 'Kassiopeia' (2017) ⚡
Da cidade alemã de Karlsruhe chega-nos o sumptuoso, mélico
e harmonioso álbum de estreia do quinteto germânico Down with the Gypsies. Designado ‘Kassiopeia’, já
disponibilizado em formato digital e com o seu lançamento em formato de CD
agendado para o próximo dia 10 de Agosto através da página de Bandcamp, este belo trabalho vê germinar
na sua essência um agradável, relaxante e primaveril Psych Folk conduzido por uma tonificante, etérea e encantadora veia
Prog’ressiva que nos hipnotiza, afaga
e seduz do primeiro ao último tema. A sua sonoridade imensamente lírica,
fluída e apaixonante causa no ouvinte uma inebriante, radiosa e imperturbável
sensação de bem-estar que o remete para longas, faustosas e verdejantes
planícies beijadas pelo Sol vigilante e massajadas por uma fresca e perfumada brisa.
De pálpebras caídas, olhar eclipsado, sorriso imortalizado e corpo anestesiado
e governado por uma delicada dança que o orienta pelas bucólicas, paradisíacas
e ensolaradas paisagens musicais de ‘Kassiopeia’, sintam-se desvanecer e
afundar num profundo e prazeroso oceano de leviandade. Deixem-se levitar ao
afável som de uma voz amorosa, melodiosa e pastoral, sublimemente abraçada por um
requintado teclado de agradáveis e formosos bailados, uma comovente guitarra de
suaves, finos e elegantes acordes, um baixo vistoso de linhas envolventes e deliciosamente
ritmadas, uma bateria relaxada de toque polido, estimulante e delicado e ainda
uma airosa, serpenteante e aveludada flauta de excêntricos e agitados devaneios
que conferem à rica ambiência de ‘Kassiopeia’ uma desarmante beleza
capaz de nos deixar os ouvidos em constante salivação. Este é um álbum primoroso
que merece ser comungado e reverenciado sem qualquer moderação. Sintam-se
derreter perante a extasiante radiação emitida de Down with the Gypsies e presenteiem a vossa alma com esta
verdadeira terapia via auditiva. Um dos meus discos favoritos de 2017 está
aqui, na imensa sublimidade de ‘Kassiopeia’.
quarta-feira, 26 de julho de 2017
terça-feira, 25 de julho de 2017
Review: ⚡ Kungens Män - 'Dag & Natt' (2017) ⚡
Kungens Män é uma daquelas bandas
que passa mais tempo em estúdio que fora dele. Desde 2013 esta formação
escandinava sediada na cidade de Estocolmo
(Suécia) já lançara cerca de duas
dezenas de trabalhos e o presente ano de 2017 conta já com o lançamento de dois
álbuns e um EP. Depois de no início do ano ter degustado, referenciado e
elogiado o álbum ‘Bränna Tid’ (review aqui)
este inspirador quinteto está prestes a lançar oficialmente o seu próximo álbum
designado de ‘Dag & Natt’ que tem data de nascimento agendada para o
próximo dia 31 de Julho nos formatos digital e de CD através do seu Bandcamp e ainda futuramente na forma de
vinil pela mão do selo discográfico Adansonia
Records. Dividido em duas partes que tão bem se complementam, ‘Dag
& Natt’ presenteia o ouvinte com uma envolvente, demorada e
anestésica odisseia pelos hipnóticos, ataráxicos e encantadores domínios do Krautrock. Contando ainda com discretos
e harmoniosos laivos do extravagante Free
Jazz e do intoxicante Psych Rock,
a celestial ambiência sonora deste álbum passeia-nos pela profunda vastidão
cósmica de olhar desmaiado no horizonte e alma narcotizada e sepultada em solo
astral. São cerca de 90 minutos climatizados por uma deslumbrante hipnose que
nos mantém recostados a um intenso e prazeroso estádio de inércia. Na índole
desta relaxante digressão às mais distantes costuras do espaço sideral estão
duas guitarras em constante diálogo que se ensoberbecem nos seus mélicos e
encantadores acordes e solos lisérgicos, delirantes e viscerais, um baixo
fluido de linhas marcadas, densas e oscilantes que nos obriga a um constante
pendulo corporal, uma bateria jazzística
firmemente entregue a uma magnetizante monotonia que nos dilata as pupilas, um
sintetizador de aura estelar que nos empoeira com toda uma nebulosa e fascinante
alquimia sonora, e ainda um luxurioso saxofone de excêntricas, exóticas e mirabolantes
danças que se serpenteia livremente pela lenitiva atmosfera de ‘Dag
& Natt’. Sintam-se diluir nas perfumadas, deleitosas e penetrantes jams de Kungens Män e vivenciem um dos mais estarrecedores registos de
2017.
segunda-feira, 24 de julho de 2017
domingo, 23 de julho de 2017
sábado, 22 de julho de 2017
Review: ⚡ The Electric Shakes - 'Electrohypnosis' (2017) ⚡
Da cidade inglesa de Bournemouth (UK) chega-nos ‘Electrohypnosis’,
o entusiástico álbum de estreia do electrizante power-trio The Electric
Shakes. Lançado no passado dia 17 de Julho em formato digital e de CD
através do seu Bandcamp oficial, este
poderoso trabalho da jovem banda inglesa encerra um abrasivo, radioso e euforizante
Desert Rock dissolvido num enérgico,
sujo e vibrante Garage Rock e emaranhado
num mordente, obscuro e influente Heavy
Blues que – apimentados e ebulidos pelo corrosivo efeito fuzz – provocam no ouvinte uma indomável
e libertadora adrenalina que o esporeia e endoidece do primeiro ao derradeiro
tema. A sua sonoridade extraordinariamente dinâmica, provocante, alegre e
arrebatadora destrava-nos numa crescente, prazerosa e alucinante cavalgada
imprópria para cardíacos. O intenso e envolvente ritmo a que é tocado obriga-nos
a sacudir a cabeça desenfreadamente e a compassar com os pés toda esta
selvática galopada ao longo dos seus 42 minutos de duração. Engulam este ardente
trago de euforia e sintam-se implodir numa vulcânica, violenta e extasiante
comoção aos conjugados sons de uma guitarra despótica que se agiganta em soberanos,
dançantes e impetuosos riffs e se desembaraça
e transcende em solos verdadeiramente uivantes, desvairados e vertiginosos, uma
bateria pesada, explosiva e retumbante de cadência frenética, um baixo
corpulento de linhas sólidas, dançantes e torneadas, e uns vocais harmoniosos, polidos,
elegantes e oleosos que fazem de ‘Electrohypnosis’ um disco
desmesuradamente viciante. Um registo que combina na perfeição o peso e a elegância
com a leveza e a arrogância. Este é um álbum intensamente embriagante que nos
obriga a uma instintiva, redentora e exuberante resposta corporal. Um dos
discos mais hipnóticos e vibrantes do ano está aqui, na fúria superiormente controlada
de ‘Electrohypnosis’.
🐫 Tinariwen @ Mimo Festival, Amarante (2017)
Ontem – sexta-feira – viajei
até à cidade de Amarante para
testemunhar pela 2ª vez o fascinante Desert
Blues dos malianos Tinariwen.
Integrados na presente edição do festival Mimo,
esta formação nativa da região rural de Tessalit
trouxe os seus desertos sonoros a território português pelo segundo ano
consecutivo. A noite de Amarante palpitava vida e emoção. As estreitas ruas que
me afunilavam até ao Parque Ribeirinho
(local dos concertos) estavam entupidas de pessoas, os bares lotados e
barulhentos, e vivia-se uma atmosfera verdadeiramente encantadora nas margens
do rio Tâmega. Já no recinto do festival pude testemunhar a extensão de toda
aquela exuberante e contagiante vitalidade. Os muitos e diversificados restaurantes
enraizados no Parque Ribeirinho estavam entregues a uma intensa azáfama
provocada pela crescente procura e em frente ao palco já muitos peregrinos
musicais (aos quais eu me juntava) aguardavam a subida ao palco de uma das
bandas mais cobiçadas do festival. Poucos instantes depois de irromper e
estabelecer no meio da multidão, os Tinariwen
subiam ao palco para me presentear com um dos concertos mais apaixonantes
testemunhados em toda a minha vida. Com uma actuação a rondar os 60/70 minutos,
a banda nem precisou de amplificar os instrumentos para conquistar toda uma
plateia que lhes arremessava amabilidade na forma de constantes gritos
motivacionais. De seguida viveu-se um perfeito clima de êxtase religioso ao
qual ninguém recusou comungar. O público – de olhar selado, sorriso talhado no
rosto e detidamente entregue a uma luxuriante dança arábica – respondia como
podia às guitarras que se serpentavam e envaideciam em acordes relaxantes,
mélicos e hipnotizantes e se transcendiam em contagiantes, eróticos e
comoventes solos, ao baixo pulsante de linhas robustas, torneadas e bailantes, à redentora
e empolgante percussão tribalista e aos vocais messiânicos que lideravam toda esta envolvente, sagrada e harmoniosa expedição pelos dourados e aveludados desertos de Tinariwen. Respirava-se uma edénica
atmosfera que climatizara a banda e o público do primeiro ao derradeiro tema. Um
verdadeiro e pleno estádio de deslumbramento instaurara-se em todos nós
proveniente da ataráxica sonoridade destes sete músicos de indumentária tuaregue. Quando os instrumentos se
calaram pela última vez, um imponente, ruidoso e generalizado aplauso agigantou-se
e abateu-se sobre a banda que retribuía o agradecimento ao público dedicando-lhe
delongadas vénias. Não foi fácil aceitar que o concerto havia terminado. A
plateia recuperava lentamente o estado de lucidez que havia sido raptado pelos
malianos e – pela primeira vez – virava costas àquele palco que durante uma
hora se transformara num imaculado altar e canonizara todas as almas daqueles
que interiorizaram a consagrada profecia de Tinariwen.
Links:
Tinariwen
Mimo Festival
quinta-feira, 20 de julho de 2017
quarta-feira, 19 de julho de 2017
terça-feira, 18 de julho de 2017
segunda-feira, 17 de julho de 2017
Review: ⚡ The Fingerprints - 'Tribes' (2017) ⚡
Da grande e populosa cidade
de Montreal (Québec, Canadá) chega-nos
o novo álbum do power-trio The
Fingerprints denominado ‘Tribes’. Lançado no passado mês de
Junho unicamente em formato digital através do seu Bandcamp oficial, este exótico registo envolve um relaxante,
solarengo e fascinante Psych Rock
lavrado por um dançante, delirante e encantador Surf Rock e bronzeado por um irreverente, palpitante e contagiante Garage Rock. Estes três elementos
unificados resultam numa ardente e deslumbrante sonoridade que nos encandeia e
incendeia de uma perpétua sensação de bem-estar. Recostem-se confortavelmente,
selem as pálpebras, dilatem as narinas e inalem esta extasiante, harmoniosa e
revitalizante aragem sonora à boleia de uma guitarra sublime que se manifesta
em extravagantes, hipnóticos e absorventes bailados, um baixo murmurante de
linhas sólidas, robustas e pulsantes, uma bateria galopante de toque
requintado, soberbo e delicado, e uma voz lenitiva, aveludada e deleitosa que
flutua livremente pelos sedativos mares de The
Fingerprints. Este é um álbum de natureza veraneia para ser comungado de rosto
beijado pelo Sol vigilante, cabelos entrelaçados na fresca e salgada brisa
marítima, mãos firmemente empunhadas no volante e olhar ancorado e desmaiado no
vasto firmamento que se desdobra pela infinidade adentro. ‘Tribes’ conduz-nos pelas mais
edénicas e resplandecentes paisagens sonoras. Esta é a banda-sonora perfeita
para este verão. Empoeirem-se nas suas douradas, sedosas e fervilhantes areias que
mareiam até ao oceano e vivenciem um dos discos mais agradáveis de 2017.
domingo, 16 de julho de 2017
sábado, 15 de julho de 2017
Review: ⚡Youngblood Supercult - 'The Great American Death Rattle' (2017)⚡
Depois de no passado ano de
2016 ter escutado, assimilado e reverenciado o segundo álbum da banda Youngblood Supercult apelidado de ‘High
Plains’ (review aqui),
eis que o quarteto natural da cidade Topeka
(Kansas, EUA) acaba de lançar o seu terceiro e novo álbum ‘The
Great American Death Rattle’ em formato digital e com o lançamento nos
formatos físicos de CD e vinil (este último pela mão do selo discográfico D.H.U Records) agendado para o próximo
mês de Agosto. Baseado na requintada receita sonora já posta em prática nos
seus registos anteriores, ‘The Great American Death Rattle’ é conduzido
e governado por um inflamante, carregado e fascinante Heavy Blues de carácter setentista
– tingido e bronzeado pelo chamejante efeito fuzz – que nos hipnotiza, esporeia e entusiasma do primeiro ao
derradeiro tema. A sua sonoridade combina na perfeição o dinamismo e a
irreverência com a subtileza e elegância num perfeito equilíbrio da qual a
nossa lucidez não sai ilesa. ‘The Great American Death Rattle’
tem o raro dom de nos embriagar e dominar ao longo dos seus 40 minutos, libertando-nos
de qualquer timidez e instigando-nos a uma detida e extravagante dança
corporal. Obedeçam aos rugidos de uma guitarra soberana que se tonifica em intensos,
arrojados e fervilhantes riffs e se sacode em extraordinários, arrebatadores e
alucinantes solos. Pendulem os vossos corpos febris à oscilante reverberação de
um baixo firmemente entregue a linhas tensas, torneadas e vigorosas, deixem que
as batidas do vosso coração sejam atropeladas pela galopante ritmicidade de uma
bateria locomovida a destreza e emoção, e sintam a inebriante fragância de uma
voz revigorante, harmoniosa e comovente que apimenta toda a cálida e esplendorosa
atmosfera de ‘The Great American Death Rattle’. Este é um álbum
verdadeiramente apaixonante que nos conquista à primeira audição. Entreguem as
vossas rédeas a Youngblood Supercult
e deixem-se delirar e fundir no vulcânico êxtase que este novo álbum destila.
Um dos meus discos favoritos de 2017 está aqui, na fogosa e ousada alma de ‘The
Great American Death Rattle’.
sexta-feira, 14 de julho de 2017
quinta-feira, 13 de julho de 2017
quarta-feira, 12 de julho de 2017
terça-feira, 11 de julho de 2017
segunda-feira, 10 de julho de 2017
Review: ⚡ Moon Rats - 'Highway Lord' (2017) ⚡
Da populosa cidade de Milwaukee (Wisconsin, EUA)
chega-nos o fascinante álbum de estreia do recém-formado quinteto Moon Rats batizado de ‘Highway
Lord’. Neste fascinante disco gravado nos remotos bosques do norte de Milwaukee vigora um intrigante, fumarento
e inquisidor Proto Doom aliado a um
hipnótico, lisérgico e deslumbrante Heavy
Psych que nos absorve, turva a lucidez e conduz a consciência a um penetrante
estádio de narcose. A sua sonoridade conjuga a enérgica robustez com a anestésica
inércia num perfeito equilíbrio que nos climatiza, afaga e extasia a alma.
Lançado no passado mês de Junho em formato digital através do seu Bandcamp oficial e em formato de cassete através do selo discográfico local Gloss Records, este ‘Highway
Lord’ conquistara-me à primeira audição que lhe dedicara. A sua entorpecedora,
brumosa e enigmática essência obriga-nos a comungá-la de semblante tombado sobre
o peito, olhar selado e petrificado, corpo desmaiado e alma irrigada e
temperada por uma forte hipnose. Deixem-se sepultar na saturada, etérea e visceral
atmosfera de ‘Highway Lord’ ao som de três guitarras psicotrópicas que se
perdem e encontram por entre inflamantes, brumosos e delirantes solos e se unificam
na construção e orientação de riffs sólidos,
torneados e inquisidores, uma voz penetrante, límpida, morfínica e ecoante – a fazer
lembrar os vocais ácidos de Brett Netson,
vocalista e guitarrista da já extinta banda Caustic Resin – que se debate e enfatiza nos nebulosos, densos e perturbadores
escombros que alicerçam a sonolenta natureza deste álbum, um baixo vigoroso e portentoso
de rugidos sombrios, reverberantes e poderosos, e uma bateria diligente e trovejante
que domestica toda esta pesada cavalgada pelas pardas e lamacentas planícies de
Moon Rats. Este é um álbum místico que
nos respira e magnetiza. Um disco que nos bronzeia e amortalha com a sua religiosa
obscuridade. Deixem-se dissolver na sua melancólica, temulenta e misantrópica radiação
e experienciem um dos álbuns mais depressores (no sentido elogioso da palavra)
de 2017. Um trabalho todo ele feito e moldado à minha imagem que pede um futuro
lançamento nos formatos de CD e LP.
domingo, 9 de julho de 2017
sexta-feira, 7 de julho de 2017
quinta-feira, 6 de julho de 2017
Review: ⚡ Venus Gravity - 'Stoned Aliens' (2017) ⚡
Da Alemanha chega-nos ‘Stoned Aliens’: a viagem inaugural
da banda Venus Gravity até às imediações
gravitacionais do planeta Vénus. Esta envolvente, prazerosa e narcotizante odisseia
– que nos iça a consciência para um profundo mergulho cósmico – é nutrida por
um fascinante, etéreo e relaxante Psych
Rock de essência sideral que se distende ao longo dos 33 minutos que
compõem este álbum. Lançado no passado dia 5 de Julho em formato digital
através do seu Bandcamp oficial, esta
formação germânica de instrumentos apontados ao Cosmos presenteia-nos com uma
sonoridade letárgica, viajante e contemplativa que nos massaja, anestesia e
estarrece do primeiro ao derradeiro tema. Deixem-se conduzir pelas lenitivas
paisagens sonoras de ‘Stoned Aliens’ ao deslumbrante som
de uma provocante guitarra que – detidamente entregue a poderosos, ritmados e
dinâmicos riffs e a delirantes,
exóticos e mirabolantes solos – capitaneia ousadamente esta solitária embarcação
pela tranquilizante ondulação astral. Na sua companhia estão um baixo diligente
de linhas sombreadas, vigorosas e torneadas, e uma bateria hipnótica e descontraída
que a baixa rotação tiquetaqueia toda a atmosfera alienígena de ‘Stoned
Aliens’. Este é um álbum imensamente sonolento (no sentido elogioso da
palavra) que nos recosta e perpetua num doce e imperturbável estádio de
lisergia. Deitem-se confortavelmente, respirem pausadamente, cerrem as
pálpebras e absorvam a morfínica exalação de Venus Gravity. Um dos
mais fortes soporíferos sonoros de 2017 está aqui, na modorrenta alma de ‘Stoned
Aliens’.
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quarta-feira, 5 de julho de 2017
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