É ainda de respiração
ofegante, lucidez embaciada e ritmo cardíaco galopante que vos escrevo estas
palavras na duradoura ressaca de ‘Paralyzed’, o segundo e novo álbum
do quinteto sueco Silver Devil.
Lançado em Fevereiro através do selo discográfico – seu conterrâneo – Ozium Records sob a forma física de CD
e vinil, este portentoso registo detona um vigoroso, massivo, incisivo e estrondoso
Stoner Doom de inspiração setentista e combustão entregue ao
fervilhante efeito Fuzz. A sua
sonoridade desmesuradamente rutilante, intensa, enérgica e fulminante injecta
no ouvinte toda uma insuportável dosagem de pura adrenalina que o pontapeia, revolve
e incendeia do primeiro ao derradeiro tema. São 39 minutos integralmente saturados
e esporeados por uma ardência euforizante à qual respondemos instintivamente
com violentos e exuberantes movimentos corporais e uma cabeça que se sacode e
balanceia em frenéticos rodopios. Na génese desta cavalgada infernal à rédea solta
destacam-se duas guitarras motorizadas que se condensam e tonificam em riffs musculados, ritmados, poderosos e
torneados e se desatam e endoidecem na sónica exteriorização de solos alucinantes, labirínticos, ácidos e atordoantes,
um baixo de bafagem pesada e tonificada que se balanceia em pujantes, reverberantes,
tensas e possantes linhas, uma bateria impetuosa, explosiva e fogosa de
ritmicidade locomovida a alta rotação, e uma voz vivificante, visceral,
espectral e liderante que emerge da profunda efervescência instrumental para se
hastear e enaltecer na estratosfera do mesmo. ‘Paralyzed’ é um registo vibrante,
de consumo impróprio para cardíacos. Um álbum mareado e tomado pelas chamas do entusiasmo
que nos atesta de uma volumosa e turbulenta comoção. Deixem-se provocar e
inflamar pelo novo disco de Silver Devil
e apanhem uma das boleias sonoras mais estonteantes, desenfreadas e impactantes
das vossas vidas.
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