O quarteto nórdico Rotten
Mind prepara-se para lançar o seu quarto álbum designado de ‘Rat City
Dog Boy’ e devidamente promovido pela mão do selo independente local Lövely
Records nos formatos físicos de CD e vinil. Apesar de sair oficialmente apenas
no próximo dia 7 do presente mês de Fevereiro, fora-me dada a honrosa e irrecusável
oportunidade de o experienciar na íntegra em primeira mão, e o surpreendente entusiasmo
em mim depositado durante a ingestão e digestão do mesmo levara-me à criação desta apaixonada e elogiosa
dissertação. Ritmado, agredido e inflamado por um vibrante, agitado, acalorado e
excitante Garage-Punk de indiscreta inspiração britânica - onde
facilmente se pressente uma atitude rebelde à boa moda de Sex Pistols – em
parceria com um melódico, dançante e inebriante Post-Punk de ambiência fielmente
resgatada a Joy Division ou The Cure, este novo registo da
formação sediada na cidade sueca de Uppsala vem saturado e afogueado por
uma fervorosa e revoltosa sonoridade transpirada de pura adrenalina que nos
contagia, endoidece e extasia sem a mais pequena réstia de inibição. De olhar eclipsado,
cabeça violentamente arremessada de ombro a ombro e alma atestada de uma incontida
euforia, somos pontapeados e revirados pela provocante ritmicidade de Rotten
Mind. Arrumado em onze temas de essência aparentada e curta duração, ‘Rat
City Dog Boy’ é um libertino álbum carburado e locomovido por duas
guitarras fumegantes de Riffs absorventes, vivazes, buliçosos e incandescentes,
e solos avinagrados, gélidos, arrebatados e alucinantes, um baixo bafejante de
linhas viçosas, expressivas e rumorosas, uma despachada, acelerada e pujante bateria
esporeada a um compasso intensamente galopante, e ainda uma fervorosa voz de nuance
urticante, enfática, melódica e penetrante que apimenta e esquenta toda esta enlouquecedora
vertigem capaz de nos embalar e deflagrar do primeiro ao derradeiro minuto. De
coração apressado, respiração ofegante e espírito desassossegado, somos
varridos pela frenética explosividade de Rotten Mind. Deixem-se contaminar
e amotinar pela redentora anarquia doutrinada por ‘Rat City Dog Boy’
e vivenciem de forma impetuosa e entusiasmada um dos álbuns mais vivificantes
lançados até à data neste ainda verde ano de 2020.
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