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sábado, 31 de dezembro de 2016
🎬 Cinema de Outubro, Novembro e Dezembro
Narcos S02 (2016) de Carlo Bernard, Doug Miro & Chris Brancato ★★★★★
El Abrazo de la Serpiente (2015) de Ciro Guerra ★★★★☆
Welcome to Hard Times (1967) de Burt Kennedy ★★★☆☆
Duel at Diablo (1966) de Ralph Nelson ★★★☆☆
Sully (2016) de Clint Eastwood ★★★★☆
Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom (2015) de Evgeny Afineevsky ★★★★★
Terminator 2: Judgment Day (1991) de James Cameron ★★★★★
Black Christmas (1974) de Bob Clark ★★★★☆
Dance of the Vampires (1967) de Roman Polanski ★★★★☆
The Vampire Lovers (1970) de Roy Ward Baker ★★★☆☆
Barquero (1970) de Gordon Douglas ★★★☆☆
SLC Punk! (1998) de James Merendino ★★★☆☆
The Dunwich Horror (1970) de Daniel Haller ★★☆☆☆
Sen to Chihiro no Kamikakushi (2001) de Hayao Miyazaki ★★★★☆
Before the Flood (2016) de Fisher Stevens ★★★★★
The Blues S01 (2003) de Martin Scorsese ★★★★★
Hacksaw Ridge (2016) de Mel Gibson ★★★★★
I Walked with a Zombie (1943) de Jacques Tourneur ★★★☆☆
Rabid (1977) de David Cronenberg ★★★☆☆
The Wild Angels (1966) de Roger Corman ★★★☆☆
The Craft (1996) de Andrew Fleming ★★★☆☆
Muukalainen (2008) de Jukka-Pekka Valkeapää ★★★☆☆
Diabel (1972) de Andrzej Zulawski ★★★☆☆
Der Baader Meinhof Komplex (2008) de Uli Edel ★★★★☆
Westworld (1973) de Michael Crichton ★★★☆☆
Queen of Earth (2015) de Alex Ross Perry ★★★☆☆
The Jezebels (1975) de Jack Hill ★★★☆☆
Kis Uykusu (2014) de Nuri Bilge Ceylan ★★★★☆
Eastern Promises (2007) de David Cronenberg ★★★★☆
Hell or High Water (2016) de David Mackenzie ★★★★★
Don’t Breathe (2016) de Fede Alvarez ★★★★★
Captain Fantastic (2016) de Matt Ross ★★★★☆
Hunt for the Wilderpeople (2016) de Taika Waititi ★★★★★
Mr. Robot S02 (2016) de Sam Esmail ★★★★★
Victoria (2015) de Sebastian Schipper ★★★★☆
Jimi Hendrix Electric Church (2015) de John McDermott ★★★★★
Reality Bites (1994) de Ben Stiller ★★★☆☆
Jaco (2015) de Stephen Kijak & Paul Marchand ★★★★★
The Wicker Man (1973) de Robin Hardy ★★★★☆
Sing Street (2016) de John Carney ★★★★☆
Demolition (2015) de Jean-Marc Vallée ★★★★★
El Abrazo de la Serpiente (2015) de Ciro Guerra ★★★★☆
Welcome to Hard Times (1967) de Burt Kennedy ★★★☆☆
Duel at Diablo (1966) de Ralph Nelson ★★★☆☆
Sully (2016) de Clint Eastwood ★★★★☆
Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom (2015) de Evgeny Afineevsky ★★★★★
Terminator 2: Judgment Day (1991) de James Cameron ★★★★★
Black Christmas (1974) de Bob Clark ★★★★☆
Dance of the Vampires (1967) de Roman Polanski ★★★★☆
The Vampire Lovers (1970) de Roy Ward Baker ★★★☆☆
Barquero (1970) de Gordon Douglas ★★★☆☆
SLC Punk! (1998) de James Merendino ★★★☆☆
The Dunwich Horror (1970) de Daniel Haller ★★☆☆☆
Sen to Chihiro no Kamikakushi (2001) de Hayao Miyazaki ★★★★☆
Before the Flood (2016) de Fisher Stevens ★★★★★
The Blues S01 (2003) de Martin Scorsese ★★★★★
Hacksaw Ridge (2016) de Mel Gibson ★★★★★
I Walked with a Zombie (1943) de Jacques Tourneur ★★★☆☆
Rabid (1977) de David Cronenberg ★★★☆☆
The Wild Angels (1966) de Roger Corman ★★★☆☆
The Craft (1996) de Andrew Fleming ★★★☆☆
Muukalainen (2008) de Jukka-Pekka Valkeapää ★★★☆☆
Diabel (1972) de Andrzej Zulawski ★★★☆☆
Der Baader Meinhof Komplex (2008) de Uli Edel ★★★★☆
Westworld (1973) de Michael Crichton ★★★☆☆
Queen of Earth (2015) de Alex Ross Perry ★★★☆☆
The Jezebels (1975) de Jack Hill ★★★☆☆
Kis Uykusu (2014) de Nuri Bilge Ceylan ★★★★☆
Eastern Promises (2007) de David Cronenberg ★★★★☆
Hell or High Water (2016) de David Mackenzie ★★★★★
Don’t Breathe (2016) de Fede Alvarez ★★★★★
Captain Fantastic (2016) de Matt Ross ★★★★☆
Hunt for the Wilderpeople (2016) de Taika Waititi ★★★★★
Mr. Robot S02 (2016) de Sam Esmail ★★★★★
Victoria (2015) de Sebastian Schipper ★★★★☆
Jimi Hendrix Electric Church (2015) de John McDermott ★★★★★
Reality Bites (1994) de Ben Stiller ★★★☆☆
Jaco (2015) de Stephen Kijak & Paul Marchand ★★★★★
The Wicker Man (1973) de Robin Hardy ★★★★☆
Sing Street (2016) de John Carney ★★★★☆
Demolition (2015) de Jean-Marc Vallée ★★★★★
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Review: ⚡ R.I.P. - 'In the Wind' (2016) ⚡
Tudo em mim me força a
antecipar: ‘In the Wind’ é mesmo o meu álbum favorito de 2016. Lançado pela
primeira vez no já distante mês de Março nos formatos de digital e vinil pela
mão do selo francês Totem Cat Records,
esta preciosidade do lado eclipsado da música acaba de ver fortalecida a sua notoriedade
com o relançamento levado a cabo pela já carismática RidingEasy Records (nos formatos físicos de vinil e CD). Baseado
num despótico, frenético e contagiante Proto-Metal
de feições demoníacas e comportamento anárquico, ‘In the Wind’ entusiasmara-me
de uma forma irreversivelmente avassaladora. Este quarteto natural da cidade de
Portland (Oregon, EUA) desprende uma
toda sonoridade de natureza assombrosa, corpulenta, inflamante e tumultuosa que
depressa nos assalta e ceifa a lucidez. A ritmicidade de ‘In the Wind’ é
verdadeiramente entusiasmante e epidémica, deixando-nos entregues a um frenético
estádio de adrenalina que nos sacode violenta e extravagantemente do primeiro
ao derradeiro tema. Endoideçam ao supremo e intrigante som de uma guitarra pagã
que se manifesta em riffs cáusticos,
reverberantes, monolíticos e escarpados e em desvairados, intensos e alucinantes
solos. Baloicem os vossos corpos domesticados pelos luciféricos domínios de R.I.P. na instintiva resposta a um
baixo inquisidor de linhas robustas, massivas, carregadas e bafejantes que se
conduz destacadamente pela atmosfera brumosa e tenebrosa de ‘In
the Wind’. Soltem as cabeças numa redentora e delirante dança à boleia
de uma emocionante e estimulante bateria que galopa e governa com excêntrica efusividade
e explosividade todas as nefastas incursões da guitarra. Sintam-se hipnotizados
e atemorizados pelos vocais translúcidos, melódicos, gélidos e messiânicos que
sobrevoam o instrumental com elegância e altivez. Este é um disco pelo qual
nutro um sentimento de total entrega e veneração. Um disco elevado ao estatuto
de religiosidade ao qual recorro com bastante frequência, e que tem sempre em
mim um efeito tremendamente euforizante e libertador. Entreguem-se detidamente
à vibrante obscuridade de R.I.P. e
sintam-se transcender numa gloriosa detonação de prazer e exaltação.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
domingo, 25 de dezembro de 2016
sábado, 24 de dezembro de 2016
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Review: ⚡ Sun Dial - 'Made in the Machine' (2016) ⚡
Está finalmente lançado em
CD e vinil – pela mão do selo germânico Sulatron
Records – o novo álbum da histórica e carismática banda inglesa Sun Dial batizado pelos astros de ‘Made
in the Machine’. Depois de em 2012 este projecto brilhantemente liderado
pelo astronauta Gary Ramon de
instrumentos apontados ao Cosmos ter apresentado ao mundo o deslumbrante ‘Mind
Control’ – que viria em 2015 a receber um empurrão para o mediatismo com
relançamento promovido pela Sulatron
Records (review aqui) – Sun Dial acaba de regressar de mais uma
longa e admirável navegação astral com ‘Made in the Machine’. Baseado numa fascinante
e envolvente receita sonora de onde se destacam o relaxante Space Rock, o hipnótico Krautrock e o meditativo Neo-Psych em alegre consonância, este
novo álbum tem o dom de nos drenar a lucidez pela infinidade espacial. São 72
minutos de viagem constante pelos distensíveis desfiladeiros do Espaço sideral
que nos mantêm de rosto anestesiado, alma revestida pelo êxtase e pupilas
firmemente dilatadas e ancoradas no firmamento que se desdobra repetidamente. A
nossa consciência despe-se do corpo que a abriga e liberta-se rumo aos mais
secretos e distantes lugares da espiritualidade. Sintam-se diluir nos elegantes,
magnéticos e delirantes bailados de um sintetizador alienígena que dá vida e voz
a todas as estrelas do Cosmos. Adormeçam prazerosamente ao sabor da
reverberante brisa exalada por um baixo de murmúrios pulsantes, robustos e
arrastados que se balanceia detidamente nesta encantadora atmosfera de ‘Made
in the Machine’. Atrelem toda a vossa atenção a uma guitarra profética
que se manifesta em desvairadas, intrigantes e lisérgicas divagações pelas
costuras deste palco espacial. Pendulem os vossos corpos ao fluído e contemplativo
som de uma bateria imensamente hipnótica e tranquilizante que tiquetaqueia toda
esta sagrada e sublime levitação de encontro ao paraíso. Comunguem os vocais angelicais,
límpidos e messiânicos que ecoam harmoniosamente por toda esta religiosidade
cósmica e vos conduzem aos consagrados domínios do transe. ‘Made in the Machine’ é um álbum que nos permite sonhar
acordados. Um álbum que nos empoeira de matéria estelar e em nós instaura uma
perpétua e plena sensação de bem-estar que nos acaricia do primeiro ao último
tema. Façam de ‘Made in the Machine’ o vosso propulsor de consciências e
desprendam-se da gravidade terrena, testemunhando uma das mais extensas e espantosas
odisseias das vossas vidas.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Review: ⚡ Necro - 'Adiante' (2016) ⚡
Da outra margem do Oceano
Atlântico chega-nos o terceiro e novo álbum do power-trio brasileiro Necro.
Lançado oficialmente hoje mesmo pela mão da Abraxas Records – que se estreia desta forma como editora
discográfica – ‘Adiante’ vem condimentado com um vibrante, exótico e entusiástico
Heavy Psych de condução governada
por um dançante, hipnótico e deslumbrante Prog
Rock fielmente resgatado dos dourados 70’s. Esta elegante, adorável e harmoniosa
parceria sonora resulta num prazeroso encantamento que nos envolve, bronzeia e seduz
ao longo dos sete temas que corporizam este álbum. É demasiado fácil vivenciar
toda uma redentora e delirante comoção de êxtase à estonteante boleia de Necro e estacionar a alma num paradisíaco
estado espiritual. A sua sonoridade dinâmica, bem-disposta e empolgante tem em
nós um efeito tremendamente embriagante que nos mantém entregues a uma detida, agitada
e extravagante dança corporal. Comovam-se ao alucinante som de uma guitarra que
se robustece e envaidece em sólidos, fascinantes e torneados riffs e se transcende em desvairados, berrantes
e extraordinários solos capazes de nos excitar e enlouquecer. Baloicem o vosso
corpo sobressaltado na instintiva resposta à ondulação reverberante e deliciosamente
ritmada de um baixo possante e mirabolante que escolta na perfeição todas as vertiginosas
digressões da guitarra. Sacudam-se intensa e prazerosamente ao cativante som de
uma bateria enérgica, virtuosa e galopante que esporeia toda esta admirável e indomável
erupção de exaltação em estado musical. Deixem-se dissolver nos vocais
enigmáticos, translúcidos, doces e sedosos que se passeiam alegremente pela atraente
e fabulosa atmosfera de ‘Adiante’. É justo ainda evidenciar o requintado artwork brilhantemente ilustrado pelo artista brasileiro Cristiano Suarez. Este é um álbum de
natureza imensamente charmosa e provocante que nos namora do primeiro ao
derradeiro tema. Entrem em ebulição ao emocionante e voluptuoso som de Necro e comunguem um dos mais inflamantes
discos do ano.
domingo, 18 de dezembro de 2016
sábado, 17 de dezembro de 2016
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Review: ⚡ Elbrus - 'Elbrus' (2016) ⚡
A Austrália é hoje uma das regiões do planeta onde o Psych Rock prolifera com mais excelência
e abundância. Bandas como Comacozer,
Mt. Mountain, Holy Serpent, Child, Buried Feather e os recém-formados Elbrus transpiram uma requintada, deslumbrante
e extasiante fragância sonora que há muito venero religiosamente. Desta vez
falar-vos-ei de Elbrus, um jovem quarteto
sediado na carismática e populosa cidade de Melbourne que destila um excitante, elegante, mélico e hipnótico Heavy Psych N’ Blues que se espreguiça e
envaidece até ao montanhoso, obscuro, denso e corrosivo território do Psych Doom. O seu álbum de estreia ‘Elbrus’
aprisiona uma sonoridade verdadeiramente apaixonante que nos banha, adorna e
eteriza a alma. Lançado oficialmente no passado dia 12 de Dezembro pela mão do
selo germânico Kozmik Artifactz – nos
formatos físicos de CD e vinil – este disco de alma profundamente encantadora vem
a tempo de se intrometer no já populoso lote dos melhores álbuns nascidos em
2016. A sua musicalidade – prima direita dos seus conterrâneos Child – desenvolve-se da delicadeza, serenidade
e placidez nirvânica à robustez, inquietude e incontida excitação. Tudo neste disco
homónimo nos estimula a dança-lo numa detida, prazerosa e serpenteante dança
que nos domina e conduz com incontrariável autoridade. A guitarra movida a
lascívia e fineza expande-se em esplendidos, atléticos e exuberantes riffs que se agigantam em nós e contorce-se
em ululantes, afrodisíacos e mirabolantes solos que nos contaminam e desgastam
a lucidez. O astral e harmonioso órgão de fascinantes, tonificantes e distintos
bailados vagueia com suavidade e primor a arrebatadora e voluptuosa atmosfera
de ‘Elbrus’,
enquanto que o baixo pulsante e murmurante – de linhas sólidas, carregadas e
torneadas – consolida todo este longo cortejo de prazer. A magnética e adorável
bateria tiquetaqueia com sentimento e estarrecedora perícia as mais ousadas e
aventuradas orientações promovidas pelos restantes instrumentos, os vocais melódicos,
afáveis, e joviais que nos envolvem e namoram, e ainda a efémera mas distinta
aparição de uma uivante, exótica e provocante harmónica que se passeia e
galanteia – de forma excêntrica – quando lhe é dado total protagonismo. É justo ainda salientar o magnífico traço de Adam Burke na criação do artwork que confere rosto a esta preciosidade australiana. ‘Elbrus’
é um disco verdadeiramente sublime que nos vence e convence a reverenciá-lo. Deixem-se
diluir nesta magnificente radiância que vos cegará de exultação.
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